“Para o cidadão, isso exige maior cuidado com suas finanças. Movimentações entre contas de familiares, empréstimos pessoais e até pagamentos recorrentes devem ser registrados corretamente, especialmente se envolverem valores expressivos. Um exemplo prático: se você vende um carro e recebe o pagamento via PIX, é importante emitir um recibo e garantir que essa operação seja devidamente declarada, para evitar questionamentos futuros. Do contrário, a Receita pode interpretar a transação como um aumento de patrimônio não justificado, gerando problemas fiscais”, explica.
Ele também destaca esse impacto para pessoas jurídicas. “No caso das empresas, o impacto é ainda maior. Negócios que recebem pagamentos via PIX, especialmente pequenos e médios empreendimentos, devem se organizar para manter registros detalhados de suas vendas e receitas. Um restaurante, por exemplo, que realiza várias transações diárias via PIX, precisará garantir que todas estejam devidamente documentadas na contabilidade. A ausência de organização pode levar a multas, já que a Receita pode cruzar os dados enviados pelos bancos com os registros fiscais da empresa, identificando discrepâncias”, afirma.
Por fim, o professor do UniFavip orienta o que deve ser feito a partir de agora para evitar problemas com a Receita Federal. “Esse novo controle exige tanto dos cidadãos quanto das empresas uma gestão mais transparente e organizada das finanças. Para evitar problemas, a recomendação é simples: guarde comprovantes, regularize suas declarações fiscais e, no caso de empresas, busque o apoio de contadores para garantir que tudo esteja em conformidade. Assim, é possível navegar por essas mudanças sem grandes dificuldades e evitar sanções desnecessárias”, finaliza.
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