Prioridade da Sudene para alavancar a competitividade da economia do Nordeste, a transformação digital da indústria ganhou mais um impulso pelo Governo Federal. Em cerimônia realizada no palácio do planalto nesta quarta-feira (11) com a presença do presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin detalhou um conjunto de investimentos que somam R$ 186 bilhões para estruturação da Missão 4 da Nova Indústria Brasil, que objetiva fortalecer a revolução digital deste setor.
Ao acompanhar os anúncios, o superintendente Danilo Cabral posicionou a Sudene como parte fundamental na territorialização das ações previstas pela Nova Indústria Brasil. “Nós identificamos nas seis missões que estão previstas na nova política industrial, como elas se enquadram dentro do nosso território, procurando identificar oportunidades para que a gente possa adensar as cadeias produtivas que estão vinculadas a estas iniciativas”, explicou.
Na avaliação do gestor, os investimentos irão possibilitar o reposicionamento da indústria da região, a partir da qualificação do capital humano e melhoria do ambiente de negócios. “O Nordeste já mostrou que possui iniciativas de sucesso na transformação digital do setor industrial. O Porto Digital localizado no Recife, em Pernambuco, é um exemplo”, lembrou o Danilo Cabral.
Do montante anunciado pelo também ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, R$ 42,2 bilhões já foram investidos pelo Governo Federal através de programas como o Brasil + Produtivo. Até 2026, o Executivo espera aplicar mais R$ 58,7 bilhões em recursos para estimular o avanço da indústria brasileira. Geraldo Alckmin comemorou a parceria com a iniciativa privada, responsável pelo aporte de R$ 85,7 bilhões. “Caminhamos para uma indústria mais inovadora, mais verde, mais exportadora e mais produtiva”, ressaltou o vice-presidente.
Até 2026, o Governo Federal espera viabilizar a transformação digital de 25% das empresas industriais brasileiras, ante os 18,9% registrados em 2023. Para 2033, a meta projetada é de 50%. As ações são voltadas às cadeias produtivas de semicondutores, robôs industriais e produtos e serviços avançados, incluindo fabricação de chips, instalação de data centers, implantação de redes de infraestrutura, entre outros.
Entre as medidas mais recentes protagonizadas pela Sudene neste cenário, Danilo Cabral destacou a reativação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), que realizou ontem (10) sua primeira reunião depois de um hiato de quase 10 anos. O grupo objetiva, entre outras ações, integrar as demandas presentes na NIB com os instrumentos de financiamento gerenciados tanto pela Sudene - a exemplo dos fundos regionais FDNE e FNE -, como por instituições parceiras, os bancos federais (Banco do Nordeste, Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES) e de agências de fomento, como a FINEP.
“Essa discussão também é incorporada pela rede de instituições de ciência e tecnologia que estão presentes nas nossas universidades federais e estaduais e institutos federais. Ou seja, é integração dos instrumentos de financiamento com as fontes de pesquisa e inovação, para que dessa forma a gente agregue a inovação dentro da transformação digital das indústrias que também fazem parte do nosso território”, disse o superintendente.
Ainda considerando o setor produtivo industrial, a Sudene também conduziu os Programas de Revitalização da Indústrias Nordestina (NE 4.0) e pernambucana (PE 4.0), cujos resultados foram apresentados em 2023. Em escala regional, 126 profissionais que representaram 46 indústrias foram qualificados em sete estados da região: Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. Cada participante da iniciativa elaborou um projeto para ser incorporado pelas empresas, que assimilaram novos processos de desenvolvimento em sua cultura organizacional, impulsionando a transformação digital da indústria.
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