A Polícia Federal cumpriu, nas primeiras horas da manhã deste sábado, o mandado de prisão preventiva contra Jair Bolsonaro — medida cautelar que não corresponde ao início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses à qual ele foi condenado por tentativa de golpe de Estado. Segundo investigadores, a ordem foi decretada diante do risco de fuga identificado durante a madrugada, quando Bolsonaro teria violado o monitoramento eletrônico da tornozeleira.
De acordo com apuração da coluna, agentes da Polícia Federal chegaram ao condomínio pouco antes das 6h, posicionaram-se de forma discreta e iniciaram a operação sem aparato ostensivo, em um planejamento voltado para evitar exposição pública e qualquer tensão no entorno.
Dentro da casa estavam o ex-presidente, Eduardo — irmão de Michelle Bolsonaro —, a filha Laura, outra criança e uma mulher cuja identidade ainda não foi revelada. Michelle Bolsonaro não estava no local no momento da prisão. As crianças não chegaram a acordar durante a ação, que transcorreu em completo silêncio.
A fonte relata que Bolsonaro não reagiu à chegada dos agentes, acatou imediatamente a decisão judicial e acompanhou a operação sem resistência. Toda a condução se deu de forma tranquila, sem elevação de tom ou qualquer tentativa de interferência.
Às 6h35, Bolsonaro já estava na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde passou por exame de corpo de delito. Não houve uso de algemas, e os agentes evitaram qualquer exposição pública, mantendo o protocolo de maneira discreta.
A prisão preventiva se soma ao conjunto de medidas adotadas no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe e reforça a avaliação das autoridades de que havia risco concreto de fuga e mobilização de apoiadores do ex-presidente. A operação silenciosa buscou evitar novos episódios de tensão política e antecipar qualquer tentativa de obstrução ou ruptura do monitoramento eletrônico.

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