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7° Sessão Ordinária do Quarto Período Legislativo, Casa Viterbo Inácio de Araújo 14/11/2024

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A Israel, sobrará eternamente a vergonha: os números do genocídio

Os sionistas acreditavam que anos de propaganda poderiam perdoá-los.

Nesta quarta-feira (15), o mundo celebrou o acordo de cessar-fogo entre Hamas e Israel, interrompendo, por 60 dias, o genocídio cometido por Israel na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023.

Mais de 46 mil palestinos perderam a vida nos 15 meses de violência contra Gaza, incluindo 17 mil mulheres e crianças assassinadas.

Um estudo da The Lancet aponta para pelo menos 150 mil mortos em Gaza. Mais de 64 mil pessoas ficaram gravemente feridas, enquanto 90% da população foi forçada a se deslocar, e 80% do território foi devastado.

  • 660 mil crianças ficaram sem acesso à escola, com 534 das 564 instituições de ensino básico atacadas.
  • Dos 36 hospitais em Gaza, apenas 17 funcionavam parcialmente, no fim de 2024.
  • Segundo a Organização Mundial da Saúde, foram registrados 654 ataques a hospitais, o que equivale a mais de um ataque por dia.
  • Mais de 50 mil crianças enfrentam desnutrição aguda, conforme a UNICEF.
  • 1,2 milhão de palestinos foram infectados por doenças respiratórias, enquanto 570 mil sofreram de diarreia aguda, com muitos sem acesso a tratamento devido à destruição das infraestruturas de saúde.
  • Além disso, mais da metade das árvores de Gaza foi destruída, assim como 40% da produção de alimentos, segundo a instituição Forensic Architecture.

E, apesar da destruição, Israel falhou em todos seus objetivos principais:

Não conseguiu eliminar o Hamas, que retomou suas operações e ampliou seu recrutamento.

Não conseguiu resgatar os reféns sem um acordo de paz.

Não conseguiu colonizar Gaza.

O que Israel colhe.

Os sionistas cometeram o primeiro genocídio televisionado da história. Acreditavam que anos de propaganda de relações públicas com apoio da mídia hegemônica e com os países do imperialismo poderiam perdoá-los.

Acreditavam que as vítimas da Operação Dilúvio de Al-Aqsa seriam capazes de encobrir as crianças incendiadas exibidas diariamente na mídia antissionista e nas redes sociais.

Acreditavam que poderiam calar vozes dissonantes ao redor do mundo. Acreditavam que Israel seguiria sendo "a única democracia do Oriente Médio". Nunca foi e nunca será.

Mas o que uma pesquisa da Morning Consult de janeiro de 2024 mostrou é que o apoio mundial ao sionismo caiu 18,5 pontos em apenas três meses de genocídio. Países como China, África do Sul, Brasil e outras nações latino-latino-americanas passaram a ter uma visão negativa de Israel..

Em nações onde o apoio já era frágil, como Japão, Coreia do Sul e Reino Unido, as quedas foram ainda mais acentuadas:

Japão: de -39,9 para -62,0.

Coreia do Sul: de -5,5 para -47,8.

Reino Unido: de -17,1 para -29,8.

Uma pesquisa Gallup de março de 2024 mostrou que 55% dos estadunidenses, o país mais pró-Israel do mundo, condenavam o genocídio israelense em Gaza.

O sionismo se deslegitimou no campo internacional. Colaborou para a vitória de Donald Trump nos EUA. Fez com que Joe Biden e Antony Blinken fossem marcados c0omo genocidas. Se escancarou como etnoestado colonialista.

Para os sionistas mais desvargonhados, como o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, o cessar-fogo é uma tragédia. Justamente porque eles possuem a sinceridade em reconhecer que não houve uma vitória sequer nesta guerra.

A única colheita de Israel desde outubro de 2023 é a vergonha.




Revista Fórum por Yuri Ferreira









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