Diogo Moraes pede à Polícia Federal investigações sobre uso da máquina pública estadual nas eleições de Sertânia

Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Diogo Moraes enviou, nesta quarta-feira (02), ofício à Polícia Federal pedindo investigações sobre o possível uso da máquina pública estadual nas eleições municipais de Sertânia. Diogo pede que seja averiguado o uso de forças policiais de Pernambuco durante a disputa, visto que essa competência é da PF. Ele também pede ao Tribunal de Contas do Estado que seja feita uma auditoria especial para investigar possíveis gastos com o pleito municipal e o desvirtuamento de servidores, e à Justiça Eleitoral que o fato seja esclarecido. A iniciativa surgiu após a declaração da candidata Pollyanna Abreu (PSDB) realizada em um ato político na noite de ontem, onde ela relata a presença do Governo do Estado no município.

Além disso, Diogo encaminhou um pedido de informações ao Governo do Estado sobre a atuação nas eleições de Sertânia. O pedido foi protocolado na Mesa Diretora da Alepe e foi direcionado para o gabinete da governadora Raquel Lyra, os chefes da Casa Civil, Túlio Vilaça, e Militar, Coronel Mamede, e para o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.

“O Governo do Estado precisa explicar se a candidata deles em Sertânia está mentindo ou se realmente existe uma força-tarefa oficial para elegê-la. Protocolamos pedido de informações ao Palácio e encaminhamos ofícios às instituições para entendermos como se dá essa participação do Governo do Estado nas eleições de Sertânia”, afirmou Diogo Moraes.

Na noite de ontem, Pollyana Abreu declarou em um ato: "Estou muito feliz, quero dizer aqui a vocês que o governo do Estado está aqui dentro de Sertânia, o Palácio está aqui dentro, a Casa Civil está aqui dentro e também a Casa Militar. Aqui... estão todos aqui em Sertânia, olhando de perto, acompanhando aquilo que está se passando".

Uma das perguntas feitas por Diogo Moraes foi se a Secretaria de Defesa Civil ou a Casa Militar destacaram policiais militares para fiscalização de atos ou supostos crimes eleitorais, considerando que a competência investigativa desse tipo de crime é da Polícia Federal, e se a Justiça Eleitoral tinha conhecimento disso, em caso positivo.