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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Wolney Queiroz pode trocar de partido para reeleição de 22

"Em decorrência da regra eleitoral, ter que deixar o PDT para escapar das urnas com mais um mandato." O caruaruense vive um drama!

A exemplo de Raul Henry, que aceitaria trocar de partido para assegurar a sua reeleição, o também deputado federal Wolney Queiroz pode, em decorrência da regra eleitoral, ter que deixar o PDT para escapar das urnas com mais um mandato. O caruaruense vive um drama! Se permanecer no partido onde é presidentee estadual, tem todas as pompas que gosta, mas pode não garantir mais quatro anos em Brasília. Se sai para um PSB da vida, por exemplo, abre espaço para seus adversários internos o engolirem.

Vamos aos fatos: o PDT tem projeto nacional e pode, a depender do desempenho do presidenciável Ciro Gomes, crescer como legenda e entrar na prateleira dos grandes. Wolney e seu pai, o deputado estadual e ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz, são o elo mais forte da legenda aqui, com vínculo mais duradouro com a direção nacional pedetista, leia-se Carlos Lupi, seu presidente. Mas, ao optar por não correr riscos na disputa eleitoral de 22, se abrigando em uma sigla que garanta com mais facilidade a sua reeleição, Wolney deixará seu espaço vago.

Como em política todo mundo sabe que não há espaço vago, a vice-prefeita do Recife e majoritária no PDT na capital, Isabella de Roldão, está atenta aos movimentos do correligionário e pronta para brigar pelo comando estadual da sigla caso ele fique sem ocupante. Isabella, que já dominou o Recife, pode lançar para a missão o marido Fábio, que já preside os pedetistas na capital. Isabella saiu fortalecida de 2020 e tem a opção de fazer o discurso contrário ao de Wolney, exaltando a legenda ao invés de deixá-la em um momento desafiador.

Os dois negam, fazem questão de posar para fotos juntos, passando a impressão de que vivem em harmonia. Mas o fato é que a disputa velada existe, já é uma realidade e está tirando o sono do caruaruense, que, vaidoso como ninguém, ficaria sem chão se perdesse a patente de presidente da agremiação. Alheia a isso, Isabella, também muito vaidosa, corre por fora e tem aumentado cada vez mais a sua influência sobre diretórios pedetistas, forçando Wolney a se posicionar.

Já que falamos de eleição presidencial, não há como deixar de mencionar o que seria a “terceira via” nessa briga pelo protagonismo no PDT de Pernambuco. E esse personagem atende pelo nome de Túlio Gadêlha. O namorado de Fátima Bernardes, ainda que viva ameaçando sair da legenda, fazendo bico porque não foi candidato a prefeito do Recife no ano passado, está no jogo e pode acabar beneficiado pelo movimento de Wolney Queiroz.

Túlio está queimado internamente. Todos sabem do seu temperamento difícil e egocêntrico; do seu estilo juvenil de fazer política e da sua dificuldade em trabalhar pelo coletivo. Mas o deputado federal, que teve 75 mil votos em 2018, ainda tem conexões com o comando nacional pedetista. O que pode muito bem colocá-lo em lugar de destaque nesse embate pelo comando do PDT; seja para enfraquecer Isabella, seja para impedir que Wolney deixe o partido.

Todo esse cenário só evoluirá a partir de uma definição de Wolney Queiroz. Se ele decidir ficar, tudo permanece como está e vão todos para a rua atrás da voto com a hercúlea tarefa de eleger três federais: o próprio Wolney, Túlio e o marido de Isabella. Mas se o deputado de Caruaru optar mesmo por dizer adeus ao seu partido de uma vida, o jogo reconfigura e teremos ainda mais assunto para debater nesta coluna. Logo, logo, cenas do próximo capítulo.

O povo quer saber: Wolney terá mesmo coragem de deixar o PDT?



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