"Não para menos, a indignação e desconforto de todos com a realização do evento só cresce, afinal queremos vacina e não Copa."
A Copa América saiu da Colômbia, sede inicial, pelos desdobramentos da rebelião colombiana; a nova opção, Argentina, cancelou sua participação enquanto país sede após o novo ápice de contágios da covid-19. O anúncio da Conmebol, em parceria com o governo brasileiro, de realização da Copa nos estádios do país, surpreendeu o mundo e imediatamente, gerou indignação.
A semana foi marcada, além da crítica à realização da Copa, pela CPI e pela crise com Pazuello.
As últimas confirmações da CPI e o vídeo da reunião do gabinete paralelo só confirmam o que já sabemos, Bolsonaro é um agente agravante da crise com sua política genocida. A crise com o Exército, aberta pela participação de Pazuello em ato público com Bolsonaro no Rio de Janeiro, terminou com o arquivamento do processo por transgressão disciplinar. Essa decisão gerou uma salva de críticas e desgaste ao próprio exército, escalando a tensão com o governo e com sociedade.
Quando fechavámos o editorial, a questão da realização da copa ganhava novos componentes explosivos. Uma ação de vários jogadores, como Suarez do Uruguai, alguns jogadores da Argentina, que no Brasil foi vocalizada pelo capitão Casemiro afirma que não irá participar da Copa, caso ela se mantenha. Isso gerou um conflito com o presidente da CBF, Rodrigo Caboclo, que ameaçou o técnico Tite de demissão. A queda de braços deve terminar com uma posição resoluta dos jogadores, vide a declaração da equipe após a partida das eliminatórias. A crise ficou ainda maior com as denúncias de assédio sexual contra Caboclo, que fica numa posição quase insustentável, restando uma semana para a data inicialmente agendada para o início da Copa América.
Durante os últimos dias, o Movimento Juntos se destacou, inclusive com presença na imprensa, por atos simbólicos contra a copa, em diversas cidades.
Blog do França
Nenhum comentário:
Postar um comentário