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quinta-feira, 11 de março de 2021

Com máscara e defesa de vacinas, Bolsonaro muda a postura sobre a Covid-19

 A média de mortes no Brasil hoje é maior que a dos Estados Unidos. É a primeira vez que isso ocorre na segunda onda da pandemia.

 O  presidente Jair Bolsonaro sancionou três projetos que facilitam e aceleram a compra de vacinas contra a Covid-19. Em uma cena incomum em seu governo, Bolsonaro usou máscara de proteção contra o coronavírus — no final de fevereiro, ele havia levantado suspeitas sobre efeitos colaterais do uso de máscaras. Ministros e auxiliares também adotaram o protocolo, que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

O gesto marca uma mudança de postura articulada no Palácio do Planalto para tentar aplacar o desgaste do governo em meio ao pior momento da pandemia no Brasil. Na cerimônia, Bolsonaro disse que sua gestão “tem mostrado trabalho” e defendeu a vacinação, usando sua mãe como exemplo. Endossando a estratégia, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), pediu a seguidores no aplicativo Telegram que viralizem uma foto do presidente com o texto “nossa arma é a vacina”.

Em foco: os projetos sancionados autorizam a União, estados e municípios a assumirem responsabilidades por eventuais efeitos colaterais das vacinas — ponto que gerou impasse em negociações com farmacêuticas. Também permitem a compra de vacinas pelo setor privado.

O que está acontecendo: 25 das 27 capitais brasileiras registram taxa de ocupação de UTIs para pacientes adultos com Covid-19 acima de 80%, segundo a Fiocruz. Somente Belém e Maceió têm indicadores abaixo do limiar considerado crítico. O boletim da instituição indica que 19 estados e o Distrito Federal também superam o patamar de alerta.

Em destaque: o governo de São Paulo informou que vai abrir mais 338 leitos destinados ao tratamento da Covid-19 no estado. Hoje, o Hospital Albert Einstein, referência na capital paulista, registrou recorde de pacientes internados com a doença: 205.

Panorama: a média móvel de mortes no Brasil hoje é maior que a dos Estados Unidos. É a primeira vez que isso ocorre na segunda onda da pandemia. Os EUA lideram as estatísticas de infecções e óbitos no mundo.



                     Blog do França
                         O GLOBO

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