- A quanto tempo está em Jataúba, e como está a corporação no município?
"Estou aqui desde de fevereiro do ano 2017, a gente veio para o município pra fazer formação de alunos e ajudar a população jataubense, mas hoje a gente sente-se inútil pra a cidade porque estamos sem veículo para trabalhar, nosso veículo que é nossa matéria prima está parado a oito meses, e não temos ajuda de ninguém, durante esses três anos que estamos aqui, nunca recebemos visita de nenhum governante municipal, para ver como é que tá a nossa situação na cidade, ou seja, a gente aqui está jogado."
-Sem o veículo, como estão se locomovendo nas chamadas de urgência?
"Quando as pessoas vêm aqui pedindo uma ocorrência, a gente pede que as pessoas venham de carro e levem os bombeiros até o local da ocorrência, porque infelizmente a gente não tem carro. Queria aproveitar o momento para pedir aos senhores cidadãos jataubense e senhoras, que puder ajudar, que ajude agente, não queremos dinheiro não, temos até o telefone da retífica onde o motor do nosso carro tá, a gente precisa que nosso carro saia daqui que vá rodar, porque ele tá se acabando aqui na frente."
- A população na cidade necessita do carro da corporação.
"Temos um serviço prestado na cidade, o comandante França dificilmente dar entrevista, porque sempre no momento das ocorrências ninguém nunca procurou pra dar uma entrevista, então a gente sempre trabalhou, fazemos resgate de afogamento, trabalhamos com acidentes em estradas, retiradas de colmeias de abelhas, animais peçonhentos, a Secretária de Educação quando necessita pra tirar cobras ou outros animais a gente vai lá e faz nosso trabalho, então a gente precisa de um apoio do município."
-Tem oito meses que o motor está com problemas, o Sr procurou o prefeito? Qual foi resposta dele?
"Eu não procurei o prefeito nestes meses, porque na primeira vez que o motor desse carro foi batido, eu procurei o auxílio da prefeitura e o prefeito falou que não tinha condições de nos ajudar, não havia verbas destinadas aos os bombeiros aqui. Então desde dessa primeira vez que aconteceu e dessa vez também bateu o motor, que também não fui mais lá fazer pedido de nada com ele lá."
- Com o carro arrumado e tendo o apoio da população pretende continuar no município?
"Pra mim é interessante, sou comandante de formação eu formo bombeiros e eu uso a cidade de Jataúba como treinamento para o pessoal, eles vem pra cá para estagiar, então o bombeiro tira plantão no hospital, tira plantão na base, sai nas ocorrências com o comandante, lógico que a nossa história em ficar aqui em Jataúba é grande, a gente não tem interesse de só consertar o nosso carro e ir embora. Mas, se a gente não tiver um apoio da população ou do gestor municipal, aí temos que ir embora, porque não podemos ficar aqui na cidade jogados sem apoio de ninguém e sem perguntar o que os bombeiros estão precisando."
- O espaço é pequeno neste alojamento, como vocês fazem para se alimentar?
"Geralmente vamos para o hospital, e janta com o pessoal lá, mas a gente necessita as vezes de um café a noite pra fazer na madrugada estando dentro da base, pra não ter que tá indo lá no hospital, a gente não tem um açúcar, café um sabão. Eu sou um homem que tenho vergonha de ficar batendo nas portas das pessoas pra pedir algo, o nosso intuito do nosso carro funcionar é a seguinte questão, se a população acredita no nosso trabalho, no nosso profissionalismo a gente quer continuar na cidade, mas se não, nos ajude a sair daqui como chegamos, com nosso carro funcionando para que a gente feche a unidade e vá embora."
O comandante França finalizou a conversa dizendo: "Espero que as pessoas olhem pra gente com gratidão, lembrem do bombeiro e nós estamos aqui para ajudar, porque é melhor ter e não precisar que precisar e não ter."
Blog do França
Edição de texto Diógenes Ramos
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