De acordo com a procuradora do MPF Lívia Tinôco, o Comitê de Suporte é o fórum ideal para que o estados afetados uniformizem as ações de contenção e limpeza das áreas atingidas pelas manchas de óleo. Lívia afirmou ainda que os estados deveriam integrar o Comitê a fim de reduzir danos ao meio ambiente. "A presença dos estados no Comitê de Suporte levaria à diligência necessária para que os Estados não sofressem o que vêm sofrendo, além de uniformizar as ações de contenção."
"Temos percebido uma grande dificuldade de dialogo entre a União e os Estados e isso prejudica a velocidade das respostas ao desastre", pontuou
A procuradora criticou ainda o sigilo imposto pela União sobre as ações para a contenção do desestre que afeta o litoral nordestino. "Nós não estamos aqui tratando de investigação criminal, estamos aqui falando dos planos de prevenção. A União precisa dar publicidade a isso. Uma coisa é decretar sigilo sobre a investigação, outra é se calar e decretar sigilo sobre ações necessárias para solucionar o problema", falou.

Primeira ação

O Ministério Público Federal (MPF) entrou, no último dia 18 de outubro, com uma ação contra o Governo Federal pedindo que a Justiça obrigue a União a acionar o Plano Nacional de Contingência de Incidentes de Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional. Para o órgão, a União “se mantém omissa, inerte, ineficiente e ineficaz” diante da situação que afeta todo o litoral do Nordeste.
A ação pede que a União acione o Plano, instituído em 2013, que detalha responsabilidades do Governo em casos de acidentes como este, que já atingiu, segundo nota do MPF, 2,1 mil quilômetros da costa nordestina. Todos os nove estados da região foram afetados. O intuito é os órgãos responsáveis - Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Minas e Energia, Ministério dos Transportes,  Secretaria de Portos da Presidência da República, Marinha do Brasil, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e  Secretaria Nacional de Defesa Civil - tomem atitudes para diminuir os impactos e prejuízos causados pela presença das manchas no mar e nas faixas de praia.

     
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