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sexta-feira, 15 de março de 2019

Silvo Costa e Paulo Guedes e uma boa " conversa "


Agenda política de Guedes começa pela oposição.


Na última quarta-feira 13/03, começou pela oposição o corpo a corpo do ministro da Economia para a aprovação da reforma da Previdência. Paulo Guedes recebeu às 9h o ex-deputado Silvio Costa. General da resistência contrária ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, Silvio Costa ficou fora do Congresso depois de disputar, e perder, uma cadeira no Senado pelo Avante de Pernambuco. Foi relator do projeto que criou o fundo de previdência complementar dos servidores públicos, o Funpresp, na Comissão de Trabalho da Casa, em 2012. À tarde foi a vez do governador do Piauí, Wellington Dias (PT). E, amanhã , do governador do Ceará, Camilo Santana, também do PT.
O ex-deputado, pai do deputado federal Silvio Costa Filho (PRB-PE), foi apresentado ao ministro por um amigo comum. A conversa, que durou 50 minutos, girou em torno dos entraves do processo legislativo, particularmente os enfrentamentos do ex-relator do Funpresp com as corporações.
Na conversa, o ex-relator do Funpresp se propôs a discutir com lideranças no Congresso alternativas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), um dos pontos mais polêmicos da proposta governista. No texto enviado ao Congresso, o auxílio, que hoje é de um salário mínimo e pago a idosos mais vulneráveis a partir dos 65 anos, passaria a ser de R$ 400. Só a partir dos 70 anos o beneficiário faria jus ao salário mínimo.
Na proposta do ex-parlamentar, se o governo propuser R$ 600, a partir dos 60 anos, a mudança não terá impacto fiscal e será positivamente recebida - "Experimente perguntar a um sertanejo idoso e pobre se ele prefere receber R$ 600 aos 60 anos ou R$ 998 aos 70 anos. Ele vai dizer que prefere a primeira alternativa porque não sabe se até lá estará vivo".
Eleitor do candidato do PT à Presidência da República em 2018, Fernando Haddad, Silvio Costa diz que o partido hoje dedica mais tempo a distrações como as piadas do ator José de Abreu, que se autoproclamou presidente do Brasil, do que a temas que afetam o futuro do país - "Um partido que foi governo por 12 anos não pode brincar com o Brasil num momento como este. Tanto Dilma quanto Lula fizeram reformas e Bolsonaro recebeu um mandato das urnas que o legimita a fazer a sua".
O ex-deputado votou contrariamente à reforma da Previdência no governo Michel Temer por questionar a legitimidade de sua gestão, mas foi favorável à Proposta de Emenda Constitucional do Teto de Gastos. O então ministro do Planejamento do governo Dilma, Nelson Barbosa, diz, tinha proposta semelhante, ainda que de validade restrita a 10 anos, em vez dos 20 aprovados, que não avançou porque o governo foi abreviado.
O ministro da Economia tem sido criticado pelo anúncio, em entrevista ao "O Estado de S.Paulo", de que também enviaria ao Congresso a desvinculação total do Orçamento. A proposta, para uns, seria a constatação de que a reforma da Previdência não teria como ser aprovada e, por isso, o ministro já estaria trabalhando um plano B para cumprir o teto de gastos. Para outros, a proposta embaralharia a da Previdência. Jejuno em política, o ministro sugere, na entrevista, a expectativa de que a desvinculação agradaria ao Congresso.
Costa não acredita que a desvinculação atrapalhe a da Previdência porque uma começou a tramitar na Câmara enquanto a outra se iniciaria no Senado. Ele contesta a ideia, cara à oposição, de que a desvinculação afetaria gastos sociais - "A Câmara tem 513 deputados que chegaram lá pelo voto. A opinião pública está em cima. O Ministério Público também. E o governante pode otimizar a gestão e estabelecer prioridades sob o escrutínio do seu eleitor".
O ex-relator do Funpresp se propôs a vencer resistências na oposição mas não vê chances de a reforma da Previdência avançar se o presidente da República não procurar aglutinar forças como prometeu em seu discurso de posse. A agenda de costumes, diz, hoje provoca efeitos colaterais e deveria ficar para um segundo momento.
Em entrevista ao Valor de ontem, o ex-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, também defendeu o engajamento da oposição na tramitação da reforma. O ex-coordenador do programa de governo de Ciro, deputado Mauro Filho (PDT-CE), é o mais cotado para assumir a presidência da Comissão Mista da Previdência. Camilo Santana, que está na agenda de Guedes de hoje, é aliado de Ciro.

                         Blog do França. 

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