João Campos surge na dianteira, tanto na espontânea quanto na estimulada, com 43,7% e 46,2%, respectivamente. Mas não há tempo para comemoração. A governadora Raquel Lyra vem logo atrás, firme, resistente, marcando 37,6% nos dois cenários um desempenho que confirma que ela sobreviveu ao desgaste natural de governo e mantém seu eleitorado cativo. A diferença é real, mas não definitiva. E é justamente aí que mora o terremoto político da semana.
A crônica dessa pesquisa conta um capítulo interessante: ela revela que, apesar da força do PSB e da popularidade de João Campos na capital, Raquel ainda respira com força no interior, onde Pernambuco tem voto de sobra e memória longa. A disputa se tornou uma briga de território, de narrativa e de gestão.
Eduardo Moura aparece com 6,8% na estimulada um nome que começa a ser notado enquanto Gilson Machado segue em números modestos. O detalhe é que 10,7% no espontâneo ainda não sabem em quem votar. Esse eleitor indeciso, silencioso e volátil pode definir o jogo.
Mas o verdadeiro choque está no segundo turno: 47,2% para João Campos contra 42,5% para Raquel Lyra. Uma diferença curta, incômoda, que transforma o favoritismo socialista em alerta vermelho.
O recado é claro: o PSB não tem mais aquele tapete vermelho que atravessou a política pernambucana por 16 anos, e Raquel, mesmo cercada por críticas, desgaste e desafios de gestão, ainda é a pedra no caminho do projeto de reconquista dos socialistas.
A pesquisa, construída com o rigor técnico do OpinData RDR cruzando dados do TSE, IBGE e eliminando duplicidades traz a fotografia mais nítida dos últimos meses. E essa fotografia diz algo que nenhum lado queria admitir: Pernambuco está rachado entre dois líderes jovens, ambiciosos e determinados.




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