A proposta, que já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados, segue agora para sanção presidencial. Com isso, o espetáculo será oficialmente incorporado ao conjunto de bens imateriais protegidos pelo Estado brasileiro, assegurando maior visibilidade e apoio à sua continuidade.
Para o deputado Felipe Carreras, o reconhecimento é uma conquista histórica. “A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é um patrimônio do nosso povo. Mais do que um espetáculo, ela representa fé, tradição e identidade. Essa conquista é de todo o povo pernambucano”, destacou o parlamentar.
Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do projeto no Senado, o reconhecimento do espetáculo é importante para a cultura brasileira, pois preserva a tradição cultural e religiosa do país.
“É um motivo de orgulho para todos os pernambucanos”, afirmou Robinson Pacheco, presidente da Sociedade Teatral de Fazenda Nova. “É o reconhecimento da grandiosidade e da relevância cultural do legado deixado por Plínio e Diva Pacheco, idealizadores e construtores da Nova Jerusalém, que dedicaram as suas vidas a transformar um sonho em símbolo de fé, arte e identidade nacional.”
A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém acontece desde 1968. Criada inicialmente com o propósito de atrair turistas durante a Semana Santa, a iniciativa buscava movimentar o comércio local e gerar emprego e renda para os moradores da região. Com o passar dos anos, o espetáculo ganhou projeção nacional, atraindo visitantes de todo o Brasil e do exterior, consolidando-se como uma das principais atrações turísticas e culturais do período.
Com a participação de mais de 400 atores e figurantes, o espetáculo narra a história bíblica dos últimos dias de Jesus na terra . A cidade teatro possui uma área de 100 mil m² cercada por muralhas de pedra de três metros de altura e 70 torres de sete metros. Em seu interior, nove palcos plateia reproduzem ambientes como arruados, lagos, jardins, palácios e o imponente Templo de Jerusalém, proporcionando uma ambientação realista e envolvente para o público.
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