O aumento no preço dos alimentos, responsável por derrubar a popularidade do presidente Lula, continua sendo o calo do governo. Apesar de a prévia da inflação de fevereiro apresentar desaceleração em relação a janeiro, os valores pressionam o orçamento das famílias, com efeitos sentidos principalmente pelos grupos de renda mais baixa. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – prévia do IPCA –, em fevereiro houve alta de 0,61%, a menor média desde setembro de 2024. Em janeiro, o aumento foi de 1,06%, e em dezembro, de 1,47%. Mesmo com a queda, a inflação dos alimentos no acumulado de 12 meses está acima da inflação geral. Para tentar frear as altas, o governo avalia reduzir os juros do crédito para a produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão e café, e aumentar o investimento nos programas de agricultura familiar. O assunto já foi discutido no ano passado, durante a construção do Plano Safra 2025. Nesta tarde, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, se reuniu com representantes do setor alimentício para discutir estratégias. Na semana passada, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) entregou aos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad, 20 propostas para conter a inflação a curto, médio e longo prazo.
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Sem alternativas?Especialistas avaliam que os resultados da Safra 2025 diminuirão a pressão sobre os preços dos alimentos, mas que não há muitas medidas efetivas para o governo interferir na trajetória da inflação. Em 2025, haverá uma correção de rota, mas sem repetir o desempenho de 2023. Hoje pela manhã, Alckmin se reuniu com os ministros da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para discutir as sugestões antes de ouvir os empresários. |
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