Gleisi Hoffmann terá semana importante para testar força

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), terá a primeira prova de fogo na próxima semana. Após dias de ajustes internos e com as negociações para a votação do Orçamento de 2025 em fase final, Gleisi terá a missão de dar andamento à pauta prioritária do governo no Congresso, e será a partir disso que seu poder de negociação será testado. A agenda de prioridades do governo conta com 25 temas que impactam a economia do país, entre eles a reforma do Imposto de Renda, com a isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, a segunda fase da regulamentação da Reforma Tributária e a tramitação do Projeto de Lei 15/2024, que cria os programas de conformidade tributária e aduaneira para valorização do bom contribuinte e responsabilização do devedor contumaz. Na tarde de ontem, a nova ministra se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para alinhar os primeiros itens que deverão ser negociados com os líderes partidários.  Gleisi também procurou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para iniciar tratativas, e sua atuação foi avaliada como "articulação política aliada à eficiência". "Nossa expectativa é que esse canal de comunicação seja forte, transparente e produtivo, garantindo que as pautas essenciais avancem no Congresso", afirmou Motta sobre o encontro. A indefinição das presidências das comissões da Câmara poderá ser uma pedra no caminho para a articulação da ministra. Com os esforços concentrados em alinhar as expectativas dos partidos políticos, os líderes partidários estão menos dispostos a conversar sobre assuntos de interesse do governo e mais focados nas negociações internas dos colegiados. Reforma ministerial O Podemos entrou na disputa por mais espaço no governo e cobra uma vaga na Esplanada dos Ministérios. A sigla, presidida pela deputada federal Renata Abreu (SP), comanda atualmente a Geap, empresa que administra os planos de saúde dos servidores públicos, mas pleiteia o Ministério da Ciência e Tecnologia. Segundo um deputado do partido, o apoio às pautas do governo neste ano dependerá da disposição do presidente Lula em integrar a sigla à equipe ministerial Dança das cadeiras O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, nesta quinta-feira, 13, o mandato de sete deputados federais eleitos em 2022 com base em regras para a distribuição das sobras eleitorais consideradas inconstitucionais. A decisão da Corte será encaminhada à Justiça Eleitoral e à Câmara dos Deputados para que adotem as providências necessárias. Dessa forma, perdem os mandatos os deputados Sílvia Waiãpi (PL-AP), Sonize Barbosa (PL-AP), Professora Goreth (PDT-AP), Augusto Puppio (MDB-AP), Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lebrão (União-RO) e Lázaro Botelho (PP-TO).