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quinta-feira, 29 de junho de 2023

IGP-M cai mais do que o esperado em junho e tem maior deflação da série histórica, diz FGV


O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) tombou mais 1,93% em junho, depois de já ter caído 1,84% em maio. Em 12 meses, são -6,86%. Há um ano, a situação era bem diferente: alta de 10,70%.

O IGP-M é composto por três índices. Só um apresentou alta. Vamos a eles:

Índice Geral ao Produtor Amplo (IPA): -2,73%
Índice de Preços ao Consumidor (IPC): -025%
Índice Nacional de Custo da Construção Civil: 0,85%.

Os números do IGP-M dão fôlego para as previsões de queda no IPCA. Em seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na manhã de hoje, o BC aponta para 3,16% em junho, ante os atuais 3,94%.

Mas faz a ressalva óbvia: a de que esse valor "ainda reflete o efeito das desonerações implementadas em 2022". A partir de julho, essa influência começa a diminuir. E o IPCA, de acordo com o BC, deve voltar a 5,38% em setembro – para depois ir caindo de leve até 5%.

Ainda de acordo com o RTI, o IPCA deve cair a 3,4% no final de 2024, e a 3,1% em 2025.

                      Metas de inflação 
Hoje é dia de reunião do CMN, a partir das 15h. O Conselho Monetário Nacional é o triunvirato formado pelos ministros da Fazenda (Haddad) e do Planejamento (Tebet), mais o presidente do BC (Campos Neto). Cabe a eles decidir o ponto nevrálgico da política econômica: as metas de inflação.

Ou seja: quem decide qual é o alvo é o governo, já que Haddad e Tebet têm a maioria dos votos. Hoje ele é de 3,25%. Para 2024 e 2025, de 3%, sempre com tolerância de 1,5 pp para mais ou para menos.

Lula defende uma meta mais elevada, com o centro em 4,5%, igual a de seus governos anteriores. Isso permitiria juros mais frouxos, já que a Selic existe para reduzir a inflação. Por outro lado, uma mudança nas metas já estabelecidas criaria um clima de desconfiança. Mudar as regras com a bola rolando só serve para mostrar que não existem regras, afinal.

Haddad, ao que tudo indica, tem esse conceito devidamente introjetado. Já disse ontem que a mudança na meta não está na pauta. Mas o que está, então? O "horizonte" da meta.

No papel, o BC é obrigado a fazer com que a meta se cumpra ao final de cada ano. Portanto, deveríamos fechar 2023 em 3,25%.

Mas isso é só no papel mesmo. O BC já não trabalha com um horizonte fixo. Campos Neto mesmo já disse que, se fosse para cumprir os 3,25% para 2023 a Selic deveria ser bem maior que a atual. O que a autarquia faz é manter os juros num patamar que possibilite o cumprimento dos 3% lá na frente – entre 2024 e 2025.

A reunião do CMN, de acordo com Haddad, deve oficializar isso. As metas passariam a ter um horizonte indefinido, como acontece nos EUA e na União Europeia.

A mera manutenção dos 3% sob essa nova regra já basta para agradar o mercado, que é igual criança, no bom sentido: gosta de previsibilidade.

             Auditoria às Cegas

A Americanas (AMER3) substituiu a PwC pela BDO como auditora de suas demonstrações financeiras. A empresa também ficará responsável por refazer as antigas, dada a fraude contábil na varejista.

Nova fábrica de automóveis

Em meio à crise da indústria automobilística, com a Volkswagen suspendendo a produção, o país vai receber uma nova fábrica de carros: a chinesa BYD deve anunciar hoje a instalação de sua planta em Camaçari (BA), no local que a Ford ocupava.




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