A partir desta segunda-feira (3), recomeça a campanha eleitoral nas ruas e, no dia 7, a propaganda gratuita na rádio e TV.
Mesmo terminando na frente, Lula não conseguiu alcançar o patamar necessário para encerrar as eleições no primeiro turno, que seria superar os 50% dos votos úteis – que desconsidera os votos brancos e nulos.
Ao final de uma apuração disputadíssima, na qual Bolsonaro abriu vantagem de até sete pontos, que foi diminuindo a conta-gotas, os resultados situaram o ex-presidente Lula com 48,39% dos votos, frente a 43,23% para o presidente, após a apuração de 99,85% das urnas.
Os principais institutos de pesquisa anteciparam uma ampla vantagem para Lula há meses e inclusive tinham antecipado a possibilidade de que o ex-presidente vencesse já neste domingo sem a necessidade de um segundo turno.
No entanto, Bolsonaro resistiu e obteve um resultado no qual apenas seus apoiadores acreditavam.
O bolsonarismo também saiu fortalecido nas eleições legislativas e de governadores, celebradas paralelamente. Para a Câmara Federal, por exemplo, foi eleito deputado seu ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles (PL-SP), que precisou deixar o governo por denúncias de corrupção.
"Eu me atreveria, inclusive, a dizer que o bolsonarismo venceu o primeiro turno", disse Bruna Santos, do Instituto Brasil, do Wilson Center, centro de análise em Washington. "Saiu reforçado no Congresso e no Senado. Sem mencionar que ampliou sua base nos governos estaduais", acrescentou.
"A luta continua até a vitória final", disse o ex-presidente, de 76 anos, no hotel em São Paulo onde aguardou os resultados. "Isso para nós é apenas uma prorrogação", acrescentou.
"Vamos ter que viajar mais, fazer mais atos públicos, mais comícios" para "convencer a sociedade brasileira daquilo que estamos propondo", emendou o ex-presidente.
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